A especialista em mobilidade urbana, Paula Teles, defendeu nesta sexta-feira que o Porto deveria integrar uma rede pública de bicicletas compartilhadas ao sistema Andante, durante um debate sobre os fluxos turísticos na cidade.
“O Porto ainda não tem isso e precisa ter: as bicicletas públicas precisam aparecer. E precisam aparecer rapidamente. As empresas privadas não são suficientes. Tem que ser uma iniciativa pública. É necessário adquirir muitas bicicletas, torná-las quase gratuitas e integrá-las ao Andante”, argumentou.
Paula Teles fez essas declarações durante o debate sobre a apresentação da Estratégia de base para a dispersão dos fluxos turísticos do destino Porto e a criação de quarteirões no concelho, realizado nesta sexta-feira no Reservatório da Pasteleira.
O “excesso de pressão turística” no centro histórico levou a Câmara do Porto a desenvolver uma estratégia para promover a cidade, dividindo-a em oito quarteirões, evitando assim a perda de autenticidade em áreas atualmente não exploradas pelo turismo.
“O turismo sempre me preocupa muito do ponto de vista do planejamento urbano e da mobilidade sustentável”, afirmou Paula Teles, ressaltando que os carros “já quase não conseguem circular, estão completamente rodeados por pedestres” nas áreas turísticas. A especialista e consultora em mobilidade urbana destacou que, apesar do congestionamento, os carros ainda chegam ao centro da cidade “porque nada os impede muitas vezes”, mencionando, contudo, a implementação das Zonas de Acesso Automóvel Condicionado (ZAAC) no Porto e a rede 20, que privilegia o pedestre e modos suaves de mobilidade.
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